terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Discurso de Paraninfo - Análise de Sistemas PUCRS - 22/dez/2005

Magnífico Reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Irmão Joaquim Clotet,

Excelentíssimo Diretor da Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia, Prof. Sérgio Lessa de Gusmão,

Excelentíssimo Vice-Diretor da Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia, Prof. André Duhá,

Prezados Professores e Funcionários Homenageados,

Demais membros da mesa,

Srs. Pais, familiares e demais convidados,

Meus colegas e afilhados,

Boa tarde,

Primeiramente, gostaria de agradecer pela honra de poder participar deste momento na companhia de meus colegas de profissão: meus colegas professores (aqui também honrados pela homenagem que recebem); meus novos colegas analistas de sistemas e administradores (literalmente encerrando o ano com chave de ouro); senhores pais, também meus colegas na tarefa de educar, e os principais professores para que este sonho hoje esteja se realizando.

Enfim, todos estamos felizes. Felizes pela cerimônia, felizes pela formatura, felizes pela etapa alcançada, felizes pela festa que vem logo depois. Cada um está feliz por vários motivos. Cada um está feliz por estar utilizando uma ou mais fórmulas de encontrar a felicidade.

Não falarei de tecnologia, de pesquisa ou de ciência. Dizem que medimos nosso progresso pela tecnologia que possuímos, e esta é o resultado de várias pesquisas no campo de uma ciência.

Falarei analogamente de realizações, de sonho e de sentimento. O nosso progresso, como pessoas, deve ser medido pela qualidade de nossas realizações, que são o resultado de vários sonhos a partir de vários sentimentos.

Assim como o progresso da tecnologia não é maior por falta de saber administrar, também nossas realizações não são maiores por não administrarmos nossos sonhos.
Mas como administrar os sonhos, se aprendemos que só se pode administrar aquilo que pode ser medido?

Se vocês planejarem um sonho, dividí-lo em etapas, com tarefas e prazo definidos, e colocarem estas tarefas nas suas listas de pendências diárias, então o sonho pode ser administrado e pode, sim, ser alcançado. E assim surgem as realizações, que são o nosso progresso pessoal.

Contudo, a qualidade de nossas realizações depende dos nossos sentimentos. Nunca se esqueçam que a emoção determina a qualidade dos registros em nossa memória.

Com certeza vocês lembram das disciplinas lecionadas com bom humor, com uma didática diferente, em que havia trabalhos práticos a serem realizados, em que houve estímulo ao pensamento e senso crítico.

Por outro lado, acredito que as disciplinas tidas como monótonas, julgadas por vocês como desnecessárias, que não receberam a devida prioridade, essas não ficaram com o conteúdo guardado. Somente a emoção triste de que foi uma disciplina qualquer.

Independente disto, vocês estão diante de uma realização no dia de hoje. Mas esta realização terá sua qualidade verificada em outras duas universidades: uma pública, chamada VIDA, e outra privada, chamada MERCADO DE TRABALHO.

A vida exigirá que vocês saibam lidar com toda a sorte de sentimentos, distribuídos entre diversas pessoas, e estas pessoas lhe cobrarão a qualidade de cada realização de vocês.

O mercado de trabalho cobrará a memória de vocês. Mas só memória não adianta: não basta ter o conhecimento - é necessário raciocinar com ele e gerar novos conhecimentos.

Por isso, gostaria de lhes desejar alguns sentimentos para ajudarem vocês na vida e no mercado de trabalho. Sentimentos como:

  • a humildade, para reconhecer que quanto mais se aprende, mais falta para aprender, e assim conseguir reconhecer o próprio erro;

  • o respeito, para aceitar as opiniões e limitações, e assim conseguir trabalhar em equipe;

  • a compreensão, para ter a pró-atividade em tudo o que fizer;

  • o bom senso, para poder distinguir entre ganhar dinheiro ou auxiliar alguém menos favorecido;

  • desejo também um pouco de fracasso, para que não sejam esnobes;

  • desejo muitos erros, para que aprendam com eles e não tenham um trabalho monótono.

Desejo que sejam melhores que todos os seus professores, melhores que seus pais, melhores que seus ídolos. Eles terão orgulho disso, com certeza.

Enfim, desejo que vocês sejam felizes, da melhor maneira que vocês escolherem. Desejo que alcancem o sucesso, da forma que encontrarem. Mas acima de tudo, desejo que sejam VOCÊS MESMOS.

E que todos nós tenhamos um Feliz Natal e um excelente Ano Novo, com muita saúde e, principalmente, com muitos sentimentos bons. Muito obrigado.

Discurso de Paraninfo - Análise de Sistemas PUCRS - 22/jul/2006

Magnífico Reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Irmão Joaquim Clotet,

Excelentíssimo Diretor da Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia, Prof. Sérgio Lessa de Gusmão,

Excelentíssimo Vice-Diretor da Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia, Prof. André Duhá,

Prezados Professores e Funcionários Homenageados,

Demais membros da mesa,

Srs. Pais, familiares e demais convidados,

Meus colegas e afilhados,

Boa tarde,

Primeiramente, gostaria de agradecer pela honra de poder participar deste momento na companhia de meus colegas de profissão: meus colegas professores (aqui também honrados pela homenagem que recebem); meus novos colegas analistas de sistemas e administradores; senhores pais, também meus colegas na tarefa de educar, e os principais professores para que este sonho hoje esteja se realizando.

Ao longo desses últimos anos, ouvimos falar numa expressão que, para muitos, representa a fronteira entre a glória e o fracasso. Estou falando de planejamento. Ouvimos falar que, para ser competitiva e atingir o sucesso, uma organização deve ter um planejamento estratégico, com termos bem definidos, como missão, visão, metas, valores e princípios.

A vida de cada um de nós é como uma organização. Temos que ser economicamente ativos e viáveis (além, é claro, de ter que recolher impostos sobre isso). Temos que ter responsabilidade social e nos preocupar com o meio ambiente. Temos, até, marketing pessoal e, por que não, processo seletivo para os que convivem conosco. E se não estamos cadastrados no Orkut, somos considerados excluídos digitais.

Mas quando falamos em planejamento, acaba-se a comparação entre nossas vidas e as organizações. As diferenças são simples:

  • Algum de nós sabe definir qual a missão de sua própria vida? Talvez essa seja a questão que nos leva a ser eternos insatisfeitos; mas também a que permitiu que evoluíssemos;

  • Nossa visão de vida ora é curta (o que nos deixa medíocres e limitados, sendo facilmente superados), ora é distante (o que faz com que nos chamem de sonhadores). Na dúvida, escolham a segunda opção;

  • Nossas metas, muitas vezes, são trocadas, substituídas ou simplesmente esquecidas de acordo com as dificuldades que encontramos no caminho. O importante, nesse caso, é continuar no caminho. Afinal, obrigatoriamente sempre haverá dificuldades, mas ser derrotado por elas é opcional;

  • Nossos valores e princípios geralmente não foram construídos por nós: foram herdados de nossos pais. O caráter de vocês sempre será associado aos valores e princípios que seguirem.



Como se vê, criar um planejamento para si próprio não é fácil. Viver sem um planejamento é mais complicado, embora seja possível. Mas independente disso, sempre haverá críticas. Com ou sem planejamento pessoal, não faltará críticos. Com ou sem razão, seus atos e até seus pensamentos serão julgados pelas pessoas. E será nessa hora que os valores, os princípios e o caráter de cada um de vocês serão colocados à prova. E para suportar essa pressão, duas atitudes serão necessárias: o trabalho e a humildade. O trabalho, além de nos enobrecer, afasta as críticas. A humildade, além de afastar as críticas, nos enobrece.

Analisando os fatos que ocorreram nesta Copa do Mundo, me lembrei de uma frase que meu pai me disse: “tu não precisa ser o melhor; basta estar entre os bons”. Acredito que o Brasil era o melhor, mas não teve humildade. Também acredito que a Itália estava entre os candidatos ao título, mas foi humilde e trabalhou diante das críticas. Tudo foi uma questão de planejamento.

Diante disso, falando de amigo para amigos, gostaria de desejar a todos vocês muito trabalho e muita humildade.

Não tenham medo de lutar. Não tenham medo de se superar. Não tenham medo de serem felizes. Mas não subestimem seus adversários.

Quando a derrota vier, aprendam as lições da vida e se superem, pois a revanche chegará. E nunca transformem suas derrotas em estigmas do passado. Pois vocês são fruto do planejamento de suas vidas, construído com os valores e princípios de suas raízes, e com uma missão que vocês mesmos definiram: melhorar o mundo com suas decisões.

Desejo, de coração e com orgulho, muito sucesso a todos vocês.

Muito obrigado.

Discurso de Paraninfo - Análise de Sistemas PUCRS - 05/jan/2007

Magnífico Reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Irmão Joaquim Clotet,

Excelentíssimo Diretor da Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia, Prof. Sérgio Lessa de Gusmão,

Prezados Professores e Funcionários Homenageados,

Demais membros da mesa,

Srs. Pais, familiares e demais convidados,

Meus colegas e afilhados,

Boa tarde,

Primeiramente, gostaria de agradecer pela honra de poder participar deste momento na companhia de meus colegas de profissão: meus colegas professores (aqui também honrados pela homenagem que recebem); meus novos colegas analistas de sistemas e administradores; senhores pais, também meus colegas na tarefa de educar, e os principais professores para que este sonho hoje esteja se realizando.

Há 10 anos, um cidadão chamado Baz Luhrmann escreveu algumas páginas sobre suas experiências de vida. Este manuscrito tornou-se o discurso do paraninfo Baz Luhrmann para uma turma de formandos nos Estados Unidos. Talvez alguns nunca tenham ouvido falar de Baz Luhrmann, mas o vídeo em que ele recomenda que usem filtro solar muitos certamente conhecem. Mas fiquem tranqüilos: não me basearei no vídeo, apenas no autor.

Compreendo o paraninfo Luhrmann, que buscou expressar, através do seu discurso, suas boas e más experiências aos novos colegas de profissão. Também acredito ser importante o uso do filtro solar, mas recomendo que usem o cinto de segurança. Mesmo que estiverem com o carro parado, usem cinto de segurança.

Por outro lado, discordo quando afirma que dar conselhos é uma forma de resgatar o passado da lata do lixo, limpá-lo, esconder as partes feias e reciclá-lo por um preço maior do que realmente vale. Conselhos são orientações, e não decisões. Conselhos são experiências vividas por outros, em outro momento, em outra situação. Cada um de nós deve tomar suas próprias decisões, independentemente dos conselhos que recebe. Cada um de nós deve escolher qual caminho seguir. Cada um de nós deve gerar suas próprias experiências.

Seguir um caminho, ter experiências (boas ou ruins) é sinal de iniciativa. Afinal, na batalha do homem com o mundo, não é o mundo que toma a iniciativa. Se nós plantarmos, o mundo faz brotar. Se nós o tratarmos mal, ele superaquece. O mundo apenas reage à nossa iniciativa.

Precisamos de pessoas com iniciativa, mas, acima de tudo, de pessoas que possuam virtudes e dons. Nesse ano de 2006, a Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia completou 75 anos de existência. Nesses anos todos, três pilares foram imprescindíveis na construção desta história: os mestres, os familiares e os estudantes.

Aqui me dirijo àqueles mestres (como os homenageados por esta turma), que exercem uma função que transcende a de simples professores. Mestres são os que têm a sabedoria de conviver em harmonia com seus estudantes e alunos dentro e fora do ambiente estudantil. Professores dão aulas; mestres fazem aprender.

Também me refiro aos diversos familiares: pais, mães, irmãos e irmãs, esposas e maridos, namorados e namoradas, amigos e amigas. Família é um conjunto de pessoas especiais, capazes de priorizar nossas necessidades, realizações e sonhos. Tenho duas certezas: uma é que, nesse momento, vocês estão realizando um sonho, e outra é que a família de cada um de vocês é muito maior do que a que está aqui presente.

Por fim, refiro-me ao principal pilar desta história: vocês, estudantes. Não os considero alunos: aluno vem do latim e significa “sem luz”. Cada um de vocês tem luz própria. Cada um de vocês possui diversos dons. Ao longo da minha convivência com vocês, notei que todos compartilham de dons semelhantes:

  • Todos vocês são como o Anderson e a Francele, capazes de conversar horas a fio sobre o destino do curso, sobre o novo currículo e, dessa forma, tomarem iniciativa sobre seu próprio destino e o destino dos colegas;

  • Todos vocês são como o André, capazes de organizar e realizar uma confraternização entre os amigos e, dessa forma, tomarem iniciativa sobre a integração da turma;

  • Todos vocês são como a Camila, o Jefferson, o Leandro, a Daniela, o Neito, o Paulo, a Rosane Delgado e o Rafael Cabello, capazes de manter uma turma unida, com o menor número de desavenças e com o maior número de decisões e, dessa forma, tomarem a iniciativa para manter a turma integrada;

  • Todos vocês são como o Carlos Adriano, capazes de acordar cedo todos os dias, ir trabalhar (mesmo que em outra cidade), estudar de noite e ainda fazer o trabalho de conclusão (e, se necessário for, refazer);

  • Todos vocês são como o Diego Diehl, capazes de ficar afastados por questões de saúde, mas entregar o trabalho 01 semana antes do prazo final;

  • Todos vocês são como Fábio, capazes de falar (e muito), mas também capazes de ouvir e compreender;

  • Todos vocês são como o Marcel, capazes que juntar forças para tomar uma decisão à 01h30min da madrugada e reverter uma situação adversa;

  • Todos vocês são como a Rosane Petter, capazes de deixar a família e filhos para trabalhar, estudar e chegar em casa tarde da noite;

  • TODOS vocês, sem exceção, são capazes de se tornar mestres e de superar seus mestres.


O que importa aqui não são os nomes que foram ou não foram citados. O que importa aqui são os dons que todos vocês possuem. Conseguir definir um conjunto de dons para esta turma não foi complicado. Complicado é lidar com um estranho sentimento, igual ao de um pai quando um filho sai de casa: fica-se feliz pelo filho, por suas vitórias, por suas realizações, mas fica uma sensação de saudade. Assim como o pai poderá visitar seu filho, nós também nos reencontraremos no mercado de trabalho, na universidade e na vida.

Mas o desejo de um pai, de um paraninfo como eu e de Baz Luhrmann é o mesmo: trilhem por seus próprios caminhos, almejem o topo e arrisquem, acreditem e invistam nos seus sonhos e nunca deixem de ser felizes. Desejo que seus caminhos sejam iluminados. Por isso, nunca se esqueçam do filtro solar e do cinto de segurança.

Agradeço muito a todos vocês pela convivência, pela amizade e pelo aprendizado que nós compartilhamos.

Muito obrigado.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Discurso de Paraninfo - Análise de Sistemas PUCRS - 18/jan/2008

Magnífico Reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Irmão Joaquim Clotet,

Excelentíssimo Diretor da Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia, Prof. Sérgio Lessa de Gusmão,

Prezados Professores e Funcionários Homenageados,

Demais membros da mesa,

Srs. Pais, familiares e demais convidados,

Meus colegas e afilhados,

Boa noite,

Primeiramente, gostaria de agradecer pela honra de poder participar deste momento na companhia de meus colegas de profissão: meus colegas professores (aqui também honrados pela homenagem que recebem); meus novos colegas analistas de sistemas e administradores; senhores pais, também meus colegas na tarefa de educar, e os principais professores para que este sonho hoje esteja se realizando.

Há poucos dias, a mídia destacou de forma enfática uma série de fatos ocorridos com uma mesma família no litoral gaúcho. Não se tratava de nenhuma tragédia, pelo contrário, tratava-se de como esta família escapou de uma tragédia e, desta forma, acabou envolvendo prefeito, polícia, população, políticos e, claro, muita polêmica. Trata-se de uma família de corujas.

Não quero aqui me posicionar a favor ou contra veranistas, aspectos políticos ou até o mais importante dos aspectos que, na minha opinião, é o da preservação ambiental. Quero apenas fazer uma pergunta: será que a repercussão do caso seria a mesma se lá estivesse uma família humana?

Infelizmente sabemos que a resposta não é positiva. E por que? Porque vivemos numa época de crise de valores. A vida humana tornou-se banal. Para muitos, família é o conjunto de pessoas que dormem sob o mesmo teto. Nunca o conhecimento médico e psiquiátrico foi tão grande. Nunca as pessoas tiveram tantos transtornos emocionais e doenças psicossomáticas. Hoje, a depressão é uma doença infantil. Desta forma, faço mais uma pergunta: será que há solução para isso?

Eu acredito que sim. Acredito que a solução está na educação, tanto dentro de casa quanto nas escolas e universidades.

Acredito na formação do caráter dentro de casa, em que os pais se doam de corpo e alma para seus filhos. Acredito quando os pais ensinam a pensar, ao invés de somente corrigir os erros. Quando a família prepara seus membros para o fracasso, e não somente para os aplausos. Quando as gerações dialogam, contam histórias. Enfim, acredito na formação dada dentro de casa em que não somente oportunidades são oferecidas, mas que todos são instruídos a não desistir.

Mas não basta formar o caráter. É necessária uma formação profissional, onde os professores trabalham o funcionamento da mente de quem está em sala de aula. Acredito que o profissional crítico está em formação quando as aulas, além de possuírem metodologia, são ministradas com sensibilidade, educando também para a emoção. Acredito quando a memória, ao invés de tornar-se um depósito de informações, fornece suporte à arte de pensar. Enfim, acredito na formação profissional em que se educa para a vida.

Essas são algumas respostas para algumas perguntas que fiz. Não tenho certeza de que estão corretas, mas procuro a cada dia melhorá-las. E é aí que muitos de vocês me questionarão: logo tu, um professor, não sabe com certeza as respostas de tuas próprias questões?

Responderei a esta questão com outra pergunta: vocês sabem qual é a melhor universidade do mundo, de acordo com diversos rankings internacionais?

A resposta é quase unânime: Harvard. Eu sempre quis saber porquê. Li que possuem uma grande biblioteca, professores ganhadores de prêmio Nobel, e uma metodologia de ensino diferente. Este último aspecto me chamou a atenção, principalmente depois que conversei com alguém que estudou em Harvard. A diferença é que os estudantes, em Harvard, são incentivados a elaborarem as perguntas, ao invés de responderem as questões feitas pelos professores. E isso que Harvard ensina sob o nome de metodologia, nós chamamos de senso crítico.

Nem vocês, meus afilhados, nem eu, estudamos em Harvard. Talvez nunca estudemos lá. Mas temos um pouco do que Harvard ensina em nossas vidas.

Nós, professores da PUCRS, lhes ensinamos a responder e a perguntar sobre análise de sistemas e sobre aspectos da formação profissional de cada um de vocês.

Seus pais e suas famílias lhes ensinaram a responder e a perguntar sobre valores, sentimentos, moral, caráter, ética.

A partir de agora, muitas perguntas surgirão. E as respostas devem ser cultivadas a cada dia, a cada nova experiência. Não tenham medo de errar, e não estejam tão convictos ao encontrar uma resposta correta. A vida é um eterno aprendizado.

Dentro do ambiente profissional, vocês se tornarão gerentes, chefes, supervisores, mas antes de tudo educadores, responsáveis pela formação profissional de seus colegas. Dentro de suas famílias, vocês serão responsáveis por passar adiante os valores e princípios para formar o caráter da próxima geração.

E se, nos caminhos da vida, vocês se esquecerem disso, procurem lembrar dessas palavras toda vez que passarem por uma família de cachorros, de gatos, de corujas ou de humanos.

Agradeço muito a todos vocês pela convivência, pela amizade e pelo aprendizado que nós compartilhamos.

Muito obrigado.